Nesta terça feira, 18, representantes dos três hospitais estaduais da capital (Hospital Maternidade Pública Dona Regina, Hospital Infantil Público de Palmas e Hospital Geral Público de Palmas) e também das coordenações de Humanização e de Urgência e Emergência da Sesau – Secretaria de Estado da Saúde - participaram de oficina para discutir a padronização do ACCR (Acolhimento com Classificação de Risco) nas unidades hospitalares da capital. O evento aconteceu no Colégio Supremo, localizado na 104 Norte.
A oficina, organizada pelo Setor de Humanização do HMPDR, é mais uma ação do processo de implantação do protocolo do ACCR no Dona Regina, compromisso pactuado no início deste mês entre a diretoria do hospital e o Ministério da Saúde. Na oficina os participantes chegaram a conclusão de que é preciso criar um protocolo padrão, no qual sejam definidas as responsabilidades de cada unidade hospitalar na solução dos agravos dos usuários. “Para que o acolhimento com classificação de risco saia do papel é preciso ficar claro para os profissionais e para a população quais os agravos que serão atendidos em cada hospital”, esclareceu a coordenadora da Humanização do HMDPR, Paula Viana.
A Diretora Técnica Regional da Pró-Saúde, a médica Margareth Senna, esteve presente no evento e destacou a importância dessa discussão inicial com representantes dos três hospitais, lembrando que esse protocolo de classificação de risco não pode ser apenas do Dona Regina, mas é um processo que deverá ser expandido a todos os hospitais públicos do Estado, tendo em vista que os hospitais de Palmas são referência para toda a Rede.
Margareth explicou também que no Tocantins não existe rede hospitalar municipal, por isso, os hospitais estaduais – que, segundo preconizado pelo Ministério da Saúde, deveriam realizar apenas atendimentos de média e alta complexidade – acabam sendo sobrecarregados com demandas que deveriam ser acolhidas por unidades do município. Assim a definição de protocolos padronizados é instrumento que auxiliará na organização e priorização dos atendimentos de toda a Rede de Saúde do Estado.
Por isso é fundamental que a atuação de todos seja regulada por protocolos, já que os profissionais de saúde não podem agir baseados em ‘achismos’. “A proposta é que todos os hospitais tenham a mesma classificação de risco, ou seja, o paciente com agravo classificado como urgente em uma unidade da rede será urgente em todas as outras”, explicou a diretora técnica do HMPDR, Solange Viana. Para ela, essas oficinas e reuniões que estão acontecendo devem contribuir para a construção coletiva de um protocolo padrão e para o alinhamento das práticas.
A gerente da Humanização da Sesau e apoiadora do SUS no HMPDR, Goiamara Borges, ressaltou que, apesar de a classificação de risco proporcionar que os usuários sejam atendidos de acordo com as suas necessidades nas unidades adequadas, é importante a sensibilização dos profissionais para que o encaminhamento seja feito de forma humanizada. O usuário precisa receber os cuidados iniciais, quando necessário, e ser referenciado corretamente para a unidade responsável pelo atendimento.
ACCR
O Acolhimento com Classificação de Risco é um processo dinâmico de identificação dos pacientes que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento e tem o objetivo de atender a todos que procuram os serviços de saúde, escutando a demanda e atendendo os casos prioritários, com uma postura acolhedora e pactuando respostas mais adequadas.
No ACCR o critério não é a ordem de chegada e sim o agravo à saúde e o grau de sofrimento dos usuários da rede de saúde.
Fonte: Ascom/Pró-Saúde-TO (com informações da Sesau)
Nenhum comentário:
Postar um comentário