quinta-feira, 3 de maio de 2012

Hospital Dona Regina comemora aniversário do Método Canguru

Acontece na manhã desta sexta-feira, 04, a partir das 9h, no auditório do HMPDR – Hospital Maternidade Pública Dona Regina, um café da manhã em alusão as comemorações do aniversário de um ano de implantação integral do Método Canguru. O método é um modelo de assistência especializada a recém-nascidos prematuros e de baixo peso, preconizado pelo Ministério da Saúde, por meio da Portaria Nº 693/2000. Participam do evento mães e familiares de bebês que já foram, ou ainda estão sendo, atendidos na maternidade.

O método permite o contato pele a pele entre os pais e esses bebês, que geralmente precisam ficar internados nas Unidades Intermediária (UI) ou de Terapia Intensiva (UTI) para receberem cuidados especiais. Esse contato possibilita que os pais sintam-se participantes do cuidado e da recuperação dos filhos e aumenta o vínculo familiar entre eles, tendo em vista que as condições clínicas impossibilitam que esse recém-nascido tenha o mesmo acesso ao mundo exterior e recebam alta no mesmo prazo de tempo que aqueles que nasceram no período certo e com peso adequado. Além disso, as ações desenvolvidas pelo Método podem contribuir para a diminuição do tempo de internação desses bebês.

De acordo com a portaria do MS, só serão considerados como “Método Canguru” aquelas unidades que permitam o contato precoce, realizado de maneira orientada, por livre escolha da família, de forma crescente, segura e acompanhado de suporte assistencial, por uma equipe de saúde treinada. “O Dona Regina é o único hospital do Estado no qual o Método Canguru funciona plenamente”, quem dá essa informação é a coordenadora dessa ação na maternidade, Hellen Manzano. Segundo ela, na maternidade o método já é desenvolvido em suas três etapas.

Conforme o estabelecido pelo MS, a primeira etapa inicia logo após o nascimento do bebê prematuro ou de baixo peso que necessita de cuidados da UTI ou da UI. Nessa fase, há um esforço de toda a equipe médica e multiprofissional para estimular a entrada dos pais na unidade e estabelecer precocemente o contato pele a pele com a criança, de forma gradual e crescente, de maneira segura e agradável e segura para ambos.

Na segunda etapa os pais podem permanecer com seu bebê por um tempo maior, isso porque o recém-nascido já apresenta certo grau de estabilidade clínica, demonstrados pelo ganho de peso regular e pela alimentação sem auxílio de aparelho.

A terceira etapa ocorre com a alta hospitalar, que só é admitida quando o bebê alcança o peso mínimo de 1.500kg e a mãe se sinta psicologicamente motivada e segura para dar continuidade ao trabalho iniciado na maternidade. Além disso, mesmo após a alta esse bebê recebe um acompanhamento ambulatorial criterioso. Os pais ficam responsabilizados por retornar a unidade seguindo corretamente os prazos estabelecidos: na primeira semana após a alta, a frequência de retorno deverá ser de três consultas; na segunda semana, de duas consultas; e da terceira semana em diante, pelo menos uma consulta até a criança alcançar o peso de 2500g.

Em todas as etapas do método o acompanhamento é realizado por uma equipe multidisciplinar treinada na metodologia de atenção humanizada ao recém-nascido de baixo-peso. São esses profissionais que ensinam e estimulam o contato entre pais e filhos por meio da “posição canguru”, também recomendada pela portaria do MS, que consiste em manter o bebê em posição vertical contra o peito do adulto, a fim de proporcionar maior envolvimento afetivo entre o bebê e a família e uma recuperação mais rápida.

Fonte: Lúcia Gomes (Ascom/Sesau)

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