quarta-feira, 11 de abril de 2012

Maternidade Dona Regina se prepara para implantação de Centro de Parto Normal

Estará no Tocantins na próxima quarta-feira, 11, a partir das 8h, no Auditório do HMPDR - Hospital Maternidade Pública Dona Regina, uma equipe de técnicos do Ministério da Saúde para ministrar uma Oficina de Ambiência para Parto e Nascimento, episódio que marca o início da implantação do primeiro CPN - Centro de Parto Normal da Rede Cegonha no Estado. O evento acontecerá durante todo o dia e também contará com a presença de representantes de diferentes áreas técnicas da Sesau- Secretaria de Estado da Saúde.

O objetivo do Governo Federal com a criação de CPNs em maternidades de todo o país é ampliar a rede de atenção e humanização do parto e nascimento, oferecendo as gestantes um ambiente com maior privacidade. Essas unidades possibilitarão que as gestantes sejam as protagonistas do próprio parto, tendo em vista que o apoio médico se dará apenas em casos que apresentarem complicações que possam atrapalhar o desenvolvimento do parto normal. Isso porque, em geral, essas unidades são lideradas por enfermeiras-obstétricas. Dessa forma, as gestantes de alto risco ou que apresentem pressão alta, doenças cardíacas, diabetes ou gravidez de gêmeos não terão partos realizados nessas unidades.

A implantação do CPN no hospital Dona Regina é mais um avanço, no que se refere à humanização do acolhimento. O hospital já oferece à população diversos serviços recomendados pela Rede Cegonha, como a garantia da presença de um acompanhante em todos os momentos da gestante no hospital; o Método Canguru, por meio do qual os bebês prematuros e com baixo peso, são acompanhados até os dois anos de idade. Outro serviço que merece destaque é o Acolhimento com Classificação de Risco, serviço que possibilita o atendimento com maior rapidez dos casos mais graves.

De acordo com a diretora Alba Lúcia Muniz, a maternidade foi escolhida para ser a primeira a sediar o novo serviço por ser a instituição referência da Rede Cegonha no Tocantins. “Participarão da oficina, representantes de diferentes maternidades do Estado, inclusive das particulares, pois o objetivo da Sesau é levar as diretrizes de humanização do Parto e nascimento, preconizadas pelo MS na Resolução – RDC 36/2008 e pela Anvisa, na Portaria 985/99”, explica.

A diretora esclarece ainda que além da oficina, a equipe do MS irá avaliar a estrutura física da maternidade, a fim de perceber quais as adequações precisam ser realizadas, e apresentar aos profissionais de que maneira essa reestruturação física impactará na forma de acolhimento das pacientes.

O primeiro CPN da Rede Cegonha no Brasil foi inaugurado em agosto do ano passado na cidade de Salvador – BA.

Entenda melhor

O Centro de Parto Normal é um espaço adequadamente estruturado para oferecer às gestantes, condições físicas e humanas para que seu parto possa acontecer de forma natural. De acordo com os critérios do MS, os centros podem funcionar dentro das maternidades ou em unidades anexas. No HMPDR a previsão inicial é que esse espaço funcione dentro do próprio hospital, entretanto as características e peculiaridades do projeto do CPN serão definidas pela Sesau, pelos profissionais do hospital e pela equipe de consultoria da Rede Cegonha.

O diferencial desses locais é a ambientação que procura oferecer bem-estar e tranqüilidade às gestantes. Ali, são elas que escolhem a melhor maneira para dar à luz, sempre de forma natural, sem uso de medicamentos e com a presença dos acompanhantes de sua preferência.

Para aumentar o relaxamento e ajudar a aliviar a dor durante o trabalho de parto, são utilizados recursos como banhos de banheira e chuveiro, massagens e caminhadas.

A concepção dos CPN tem como modelo experiências positivas desenvolvidas em países como Holanda, França e Inglaterra. Atualmente existem 25 Centros de Parto Normal pelo Brasil, que passarão a ser custeados pelo Ministério da Saúde após formulação do plano de ação da Rede Cegonha regional.

Fonte: Lúcia Gomes (Ascom/Sesau)

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