segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Estado garante cirurgia para bebê com má formação internado na rede privada

O pequeno Vinícius nasceu na sexta-feira, 13, na Maternidade Dom Orione, em Araguaína, com má formação congênita. Ele chegou ao HMPDR – Hospital e Maternidade Pública Dona Regina, em Palmas, por volta das 18h, onde foi recebido por especialistas. O bebê é filho de Francilene Matias dos Santos, natural de Araguaína. A gravidez foi completa, mas a mãe descobriu que seu bebê tinha má formação (gastrosquise) e que precisaria de cuidados especiais ainda no quarto mês de gestação, onde fazia o pré-natal. Francilene se disse aliviada ao chegar a Palmas por saber que agora seu filho terá os cuidados necessários para sua recuperação.

A Sesau – Secretaria de Estado da Saúde, logo que tomou conhecimento do caso, providenciou imediatamente UTI aérea (táxi aéreo) e equipe médica na Maternidade Dona Regina para garantir o pronto-atendimento ao recém-nascido. Ao chegar, foi recebido por uma equipe e encaminhado para a UTI neonatal, onde foi avaliado. Os especialistas decidiram operá-lo na manhã de domingo, 15, afirmou a Diretora Geral do Dona Regina, Alba Lúcia de Menezes Sá Muniz.

A mãe e o bebê foram encaminhados na tarde de hoje para a capital, único local do Estado onde existem cirurgiões pediatras capacitados para a realização do procedimento cirúrgico.

Gastrosquise
É uma má formação fetal decorrente de um defeito na formação da parede abdominal e foi detectada quando a criança ainda estava na barriga da mãe. Esse "defeito" de formação é caracterizado pela presença de uma abertura na região abdominal, por onde são expostas as vísceras abdominais, como estômago e intestinos e etc.

A gastrosquise é perigosa e causa mortalidade em 15% dos casos. A má formação do embrião acontece na quarta semana de gestação. Geralmente, a fenda aparece do lado direito e é mais comum em indivíduos do sexo masculino. O nome "gastrosquise" é impróprio, já que a fenda é formada na parede abdominal e não no estômago.

Tratamento
O intestino é recolocado na cavidade abdominal por meio de um procedimento cirúrgico, fechando-se o defeito se houver espaço suficiente. Se a cavidade for muito pequena, uma tela é suturada ao redor das margens do defeito abdominal, com a finalidade de aproximar as bordas. O efeito da gravidade empurra o intestino herniado de volta para dentro da cavidade, esticando-a lentamente até que o defeito possa ser fechado. (www.news-medical.net)

Fonte: Giuliano Germano (Pró-Saúde) e Luzinete Martins (Sesau)

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