segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Pró-Saúde destaca reorganização e avanços do sistema hospitalar do Estado

Em entrevista, o diretor operacional da Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar (Pró Saúde), Marcus Henrique Wächter, lançou um olhar realista sobre as condições de atendimento que encontrou nos 17 hospitais da rede pública estadual em 2011, quando começou a administrá-los, sob supervisão da Sesau – Secretaria Estadual da Saúde.

Mas, diante do quadro encontrado, Wächter enumerou que o setor da saúde no Tocantins conseguiu obter conquistas significativas nesse curto período, com destaque para a ampliação no número de leitos das unidades intensivas e intermediárias (em mais de 31%); a efetivação, em Palmas, do programa de internação domiciliar; e a humanização no atendimento, que já pode ser sentida.

Mostrando a sintonia entre a Pró Saúde e o Governo do Tocantins, o diretor operacional da associação ainda apontou as metas de trabalho para o setor. Confira, a seguir, a entrevista com Marcus Wächter.

Situação encontrada
“O que encontramos no Tocantins foi um estado de calamidade pública nas unidades. Recebemos um relatório a respeito e confirmamos in loco. Os hospitais de maior complexidade tinham um reflexo maior dos problemas, pois são os de maior demanda, que é o caso de Araguaína, Gurupi e Palmas”.

Providências
“Por determinação do Governo do Estado nós iniciamos um trabalho de reorganização, realinhamento e motivação de toda essa equipe multidisciplinar que atua nas 17 unidades. A partir de então, realizamos reuniões, reformulamos os serviços e implementamos novos serviços, como o de atendimento ao usuário, que tem sido destaque, que agrega uma atenção especial aos usuários. Inclusive temos feitos pesquisas para tabular estes dados e saber quais os pontos que melhoraram e o que ainda precisa ser feito. Tínhamos demanda reprimida e hoje temos um aumento da demanda devido à recuperação da confiança da população no serviço de saúde”.

Resultados
“Já melhoramos muito no setor de UTIs, em que o Governo, em atitudes enérgicas, em pouco tempo conseguiu aumentar o número de leitos, ampliando o atendimento aos casos mais graves. Quando falamos em leitos, devemos lembrar que precisamos, junto a eles, de profissionais qualificados e todo serviço de apoio”.

“Mas vale ressaltar que o Tocantins já tem outros bons serviços a oferecer. Em Palmas e Araguaína, por exemplo, temos os serviços de hemodinâmica e, especialmente em Palmas, temos um equipamento adquirido e instalado pelo Governo que é de ponta no Brasil, e junto com ele uma equipe médica empenhada e qualificada que tem realizado um volume expressivo de atendimentos.

Além disso temos feito procedimentos de embolização (que previne, entre outros males, o aneurisma cerebral), que são procedimentos de ponta, e a hemodinâmica para a parte cardiológica, em que há um grande volume de atendimentos. “Como se vê, o aumento do número de atendimento é acompanhado do crescimento da complexidade, pois, à medida que tenho mais leitos de UTIs e mais equipamentos de ponta, eu consigo resolver problemas mais graves".

Internação domiciliar
“O PID (Programa de Internação Domiciliar) desospitaliza, reduz o tempo de convalescência das pessoas, pois elas ficam no convívio familiar, tendo o cuidado daqueles que o amam e, claro, contando com toda uma equipe que conta com médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais - quando necessários - e técnicos de enfermagem para as doenças que podem ser tratadas fora das unidades hospitalares. Desde a implantação do programa já tivemos mais de 60 pessoas que foram atendidas e tiveram seus problemas solucionados ou amenizados, pois existem casos que são crônicos”.

Serviço “Posso ajudar?”
“É um serviço que tem conseguido diminuir o desconforto e agilizar o atendimento às pessoas. Às vezes o simples fato de dar a informação correta já ajuda bastante. É importante para o paciente saber o que está acontecendo com ele, para que tenha mais confiança e também para que receba atenção especial, desde o contato com agente de portaria ao motorista de ambulância, que são as pessoas com quem ele e seus familiares têm o primeiro contato. Consideramos isso tão importante quanto o medicamento e o atendimento do pessoal da enfermagem e da equipe médica”.

Perspectiva
“Seguiremos na readequação física das unidades hospitalares. Pretendemos ampliar nossa engenharia clínica, que já temos em todos os hospitais, serviço este que possibilita aos profissionais agir com a agilidade e qualidade em momentos de calamidades, como acidentes, em que haja muitos feridos. Também estamos trabalhando para alcançar maior giro de leitos, para diminuir o tempo de internação dos pacientes, resolvendo as patologias com maior agilidade possível. A informação também anda a passos largos, com uma engenharia de informação que caminha para o hospital sem papel. No final da instalação deste sistema, o profissional poderá visualizar os exames que foram realizados nos pacientes e os protocolos clínicos estabelecidos. Com os sistemas também poderemos ter dados que serão instrumentos de mudanças, que serão usados para balizar as políticas de Governo para a área hospitalar.

Este é um trabalho que o Governo do Estado tem de além da assistência, organização da rede e o atendimento do trabalho do dia-a-dia, a preocupação de construir um futuro baseado em informações. Sabendo que perfil um hospital está assumindo, em que deve ser investido, que tipo de assistência está sendo disponibilizada em cada região. Com isso é possível maximizar recursos destinando-os àquilo que a população realmente necessita”.

Fonte: Aldenes Lima (Ascom/Secom)

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