quarta-feira, 14 de março de 2012

Hospital de Gurupi realiza 12 cirurgias de fissura labiopalatal

O HRPG – Hospital Regional Público de Gurupi realizou nos primeiros três meses deste ano, 12 cirurgias de fissura labiopalatal, conhecida como lábio leporino, uma má formação congênita que ocasiona uma abertura na região do lábio ou palato (céu da boca). Segundo o bucomaxilofacial da Unidade, Douglas Andrade, a cirurgia é um procedimento complexo, porém de fácil recuperação. Ele destacou que esta anomalia além de ser causada por fatores genéticos, também pode ser por uso de fumo, álcool e desnutrição.

A fissura labiopalatal são aberturas que resultam do desenvolvimento incompleto do lábio ou do palato, enquanto o bebê está se formando. De acordo com dados do Hospital de Anomalias Crânio Facial de Bauru, para cada 650 nascimentos há uma criança com esta má formação, que ocorre entre a quarta e a décima semana de gestação e pode ser corrigida por meio de cirurgia.

Andrade destacou que esta má formação pode ocasionar dificuldades na alimentação, inclusive, na amamentação, respiração, infecção no ouvido e futuramente na fala. O profissional destacou que caso a criança nasça com este problema e não faça a cirurgia ela terá dificuldades até para socializar-se, não se sentirá à vontade nem para ir à escola.

O bucomaxilofacial orientou que a primeira cirurgia para esta correção deve ser feita no sexto mês de vida. Ele disse que algumas pessoas necessitam de vários procedimentos para o lábio ficar perfeito. “Conforme o crescimento da criança vai surgindo à necessidade de outras cirurgias”, explicou.

Andrade comentou que muitas pessoas desconhecem que em Gurupi realiza este procedimento, porém ele destacou que além de ser feita a correção, a criança com este problema tem acesso ao acompanhamento do ortodontista pela rede pública de saúde até a vida adulta. “Após a criança fazer a cirurgia a encaminhamos para o acompanhamento com odontólogos especializados. Sabemos de pessoas que vão em busca deste tratamento em Goiânia e São Paulo e aqui nós realizamos e ainda oferecemos o acompanhamento completo”, enfatizou.

Ciomara Pereira, mãe de Samuel Pereira do Nascimento, de nove meses, que há mais de um mês fez a cirurgia, disse que o filho está passando muito bem, está alimentado sem nenhuma dificuldade. Ela contou que ainda não havia apresentado nenhum problema, mas decidiu fazer a cirurgia o mais rápido possível para não correr nenhum risco. Ela contou que a aparência do filho melhorou muito. Em maio, o bebê deverá passar por mais um procedimento.

Fonte: Heliana Oliveira (Ascom/HRPG)

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