quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Hospitais Públicos de Palmas discutem Acolhimento com Classificação de Risco

Nesta terça feira, 18, representantes dos três hospitais estaduais da capital (Hospital Maternidade Pública Dona Regina, Hospital Infantil Público de Palmas e Hospital Geral Público de Palmas) e também das coordenações de Humanização e de Urgência e Emergência da Sesau – Secretaria de Estado da Saúde - participaram de oficina para discutir a padronização do ACCR (Acolhimento com Classificação de Risco) nas unidades hospitalares da capital. O evento aconteceu no Colégio Supremo, localizado na 104 Norte.

A oficina, organizada pelo Setor de Humanização do HMPDR, é mais uma ação do processo de implantação do protocolo do ACCR no Dona Regina, compromisso pactuado no início deste mês entre a diretoria do hospital e o Ministério da Saúde. Na oficina os participantes chegaram a conclusão de que é preciso criar um protocolo padrão, no qual sejam definidas as responsabilidades de cada unidade hospitalar na solução dos agravos dos usuários. “Para que o acolhimento com classificação de risco saia do papel é preciso ficar claro para os profissionais e para a população quais os agravos que serão atendidos em cada hospital”, esclareceu a coordenadora da Humanização do HMDPR, Paula Viana.

A Diretora Técnica Regional da Pró-Saúde, a médica Margareth Senna, esteve presente no evento e destacou a importância dessa discussão inicial com representantes dos três hospitais, lembrando que esse protocolo de classificação de risco não pode ser apenas do Dona Regina, mas é um processo que deverá ser expandido a todos os hospitais públicos do Estado, tendo em vista que os hospitais de Palmas são referência para toda a Rede.

Margareth explicou também que no Tocantins não existe rede hospitalar municipal, por isso, os hospitais estaduais – que, segundo preconizado pelo Ministério da Saúde, deveriam realizar apenas atendimentos de média e alta complexidade – acabam sendo sobrecarregados com demandas que deveriam ser acolhidas por unidades do município. Assim a definição de protocolos padronizados é instrumento que auxiliará na organização e priorização dos atendimentos de toda a Rede de Saúde do Estado.

Por isso é fundamental que a atuação de todos seja regulada por protocolos, já que os profissionais de saúde não podem agir baseados em ‘achismos’. “A proposta é que todos os hospitais tenham a mesma classificação de risco, ou seja, o paciente com agravo classificado como urgente em uma unidade da rede será urgente em todas as outras”, explicou a diretora técnica do HMPDR, Solange Viana. Para ela, essas oficinas e reuniões que estão acontecendo devem contribuir para a construção coletiva de um protocolo padrão e para o alinhamento das práticas.

A gerente da Humanização da Sesau e apoiadora do SUS no HMPDR, Goiamara Borges, ressaltou que, apesar de a classificação de risco proporcionar que os usuários sejam atendidos de acordo com as suas necessidades nas unidades adequadas, é importante a sensibilização dos profissionais para que o encaminhamento seja feito de forma humanizada. O usuário precisa receber os cuidados iniciais, quando necessário, e ser referenciado corretamente para a unidade responsável pelo atendimento.

ACCR

O Acolhimento com Classificação de Risco é um processo dinâmico de identificação dos pacientes que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento e tem o objetivo de atender a todos que procuram os serviços de saúde, escutando a demanda e atendendo os casos prioritários, com uma postura acolhedora e pactuando respostas mais adequadas.

No ACCR o critério não é a ordem de chegada e sim o agravo à saúde e o grau de sofrimento dos usuários da rede de saúde.

Fonte: Ascom/Pró-Saúde-TO (com informações da Sesau)

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